25 janeiro 2017

RESENHA 2 EM 1 | Corte de Espinho e Rosas


Olá, olá, pessoal. Então, durante um tempo eu adotei esse estilo de resenha que abrangia mais de um livro, normalmente de trilogias completas, e vocês acabaram gostando. Não sei dizer o motivo de ter parado, mas agora volteeeei! Hoje venho com uma dupla, os dois primeiros volumes de uma saga com oito livros. Venho só com dois porque os outros seis ainda não foram lançados, infelizmente. Ficou curioso? Senta que lá vem história!

Corte de Espinho e Rosas
Sinopse: Nesse misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance. Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
Corte de Névoa e Fúria

Sinopse: O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro.
Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.

Resenha:

Eu li o primeiro volume algum tempo atrás por recomendação de um amigo e não tinha ouvido falar dele antes disso. Quando bati os olhos nessa capa maravilhosa - mais bonita do que a do segundo volume se me permite dizer - sabia que tinha que ler. Corte de Espinho e Rosas não é um livro ruim, mas entenda ele como a introdução de todo um novo universo, de uma mitologia, então para mim algumas partes soavam mais paradas, porém eu entendia que se tratando de uma fantasia a história pedia isso.
O primeiro volume tem 433 páginas, ou seja, podemos considera-lo um livro grosso, mas a leitura não é pesada. A escrita da Sarah j. Mass consegue fluir mesmo nas partes que eu considerava mais estagnadas. Começamos livro de uma perspectiva completamente diferente, com Feyre lutando para manter a si mesma e a sua família viva. Apesar de ser uma fantasia, o livro tem pontos que se chocam muito com a realidade, a luta de Feyre nesses primeiros capítulos é um desses pontos. Vemos a divisão de classe, vemos o preconceito, o status, e etc, coisas que não estão muito longe da nossa própria realidade.
Na segunda parte de Corte de Espinho e Rosas entramos literalmente em uma corte e conhecemos a parte bonita de um mundo que os humanos foram privados. Se foi por escolha própria ou por decreto é uma coisa que vocês vão descobrir, mas é aí que a mitologia entra com força e um novo universo dança diante dos nossos olhos. A guinada que o livro dá no final é espetacular, as coisas começam a acontecer em cadeia e você não consegue mais parar de ler.  Entre lendas, profecias e crenças Feyre descobre o que realmente importa pra ela e o que vale a pena lutar de verdade.
Corte de Névoa e Fúria conta com 658 páginas, sim, é consideravelmente mais grosso que o anterior, mas novamente a escrita não pesa, ao contrário, nem sentimos as páginas passarem. Nele conhecemos uma Feyre diferente, ela cresce diante dos nossos olhos e nossa sintonia com a personagem fica mais aguçada. Esse segundo volume é mais adulto que o primeiro em várias questões, seja nas cenas de sexos que são explícitas ainda que sejam de bom gosto, ou nos pontos tratados. Pontos que eu considero importante de serem tratados, diga-se de passagem. A autora é bem sucedida em nos mostrar que existem vários tipos de amor, em nos mostrar que ninguém é totalmente bom ou totalmente mau. As delicadas nuances do ser humano - no caso dos feéricos - são tratadas brilhantemente.
Fui surpreendida algumas vezes - o que não é uma coisa fácil de se fazer - e mesmo quando eu intuía os acontecimentos eles se mostravam na história de uma forma diferente do que eu tinha imaginado. As cenas de ação são maravilhosamente bem construídas, todas as cenas importante são, na verdade. A gente consegue sentir as emoções junto com os personagens. Uma crítica que eu tenho a fazer é que, como no primeiro volume, o final do segundo tem uma guinada interessante de acontecimentos em cadeia e alguns deles eu gostaria que fossem mais detalhados, contados com mais calma, mas no final não fazia diferença nenhuma.
Quando eu terminei Corte de Espinho e Rosas decidi que ele era um livro bom, com uma fantasia bem estruturada, mas ele não era um livro que eu recomendaria com tanta veemência como faço agora depois de ter lido o segundo. Se eu achava a mitologia boa no primeiro, no segundo ela só se desenvolve mais, trazendo informações novas e cenários incríveis. Eu realmente mal posso esperar pelo próximo.

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