Resenha e crítica | Doutor Estranho

Sinopse:

Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) leva uma vida bem sucedida como neurocirurgião. Sua vida muda completamente quando sofre um acidente de carro e fica com as mãos debilitadas. Devido a falhas da medicina tradicional, ele parte para um lugar inesperado em busca de cura e esperança, um misterioso enclave chamado Kamar-Taj, localizado em Katmandu. Lá descobre que o local não é apenas um centro medicinal, mas também a linha de frente contra forças malignas místicas que desejam destruir nossa realidade. Ele passa a treinar e adquire poderes mágicos, mas precisa decidir se vai voltar para sua vida comum ou defender o mundo.

Título original: Doctor Strange

Depois do brilhante lançamento de Capitão América 3 - Guerra Civil, que iniciou a Fase 3 do MCU (Marvel Cinematic Universe) a Marvel Studios apresentou nesse último dia 2 seu mais novo sucesso: Doutor Estranho. O filme retrata a história do neurocirurgião Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), um homem arrogante e inteligente demais para seu próprio bem, que justamente por causa dessa arrogância em questão, teve sua carreira destruída por causa de um acidente de carro que lhe tirou parcialmente o movimento das mãos; coisas simples como escrever e digitar tornaram-se tarefas árduas, e operar um paciente agora era impossível. Desesperado para ter sua vida de volta, Strange recorre a todos os tipos de métodos conhecidos pela ciência, sem obter resultados. Já sem esperanças, ele acaba em Catmandu, no Nepal, onde há boatos sobre um lugar que poderia curá-lo.

Mas diferentemente do que ele esperava, o lugar acaba por ser uma espécie de monastério onde uma Anciã (Tilda Swinton) e mestres protegem o mundo contra ameaças místicas, e Strange é jogado nesse mundo desconhecido cheio de feitiços, dimensões alternativas, perigos e possibilidades de uma hora para outra; o mundo, porém, encontra-se ameaçado pelo vilão, Kaecilius (Mads Mikkelsen), e sua seita.

Através de efeitos especiais impressionantes (que possivelmente renderão um oscar a um filme da Marvel pela primeira vez), personagens - e uma capa - extremamente carismáticos, atores e atrizes habilidosos, alívios cômicos típicos da Marvel e uma história envolvente, Doutor Estranho mantém o espectador atento durante todo o filme, e particularmente me agradou muito por dar motivações iniciais - tanto para o herói quanto para o vilão - que não passam pelos clichês de dominar/salvar o mundo, coisa que a Marvel vinha usando como molde em seus filmes.

Apesar da beleza dos efeitos e piadas divertidas, o filme também tem seus defeitos. A história é um tanto quanto corrida, mas não posso culpar o diretor por isso; considerando que o filme é uma história de origem, há vários pontos que precisam ser mostrados e pouco tempo para fazer isso. Há também alguns pequenos furos no roteiro, mas podem ser facilmente ignorados. 
O filme definitivamente vale a pena, e inclusive recomendo que seja assistido em 3D para o efeito completo. Que venham os próximos filmes! 

P.S.: Há duas cenas pós créditos no fim do filme, então não bobeiem e permaneçam na cadeira até os créditos finais acabarem.

                                                                                                                       Texto por Sofi Schwandner