18 junho 2016

Primeiras Impressões: Dias de Chuva



Sinopse:

Se neste mundo existissem bruxas e feiticeiras, se existissem criaturas das trevas, matis e visagens e estivessem todos escondidos entre os prédios, na miséria e nos nossos sonhos, as escolhas seriam tão diferentes do que conhecemos?
Júlia nasceu no cerne de uma família desestruturada, fruto de vícios, fome e pobreza, mas também nesse mundo, onde a magia se esconde. Ainda criança, conhece Audrick, um jovem
soturno e misterioso, que vendo nela um grande dom, intervém em sua família criando planos e moldando seu destino. Porém, na margem desse caminho, Vânia, tio de Audrick (um homem
pérfido e aliciador de jogos de azar) também escreve a trama. Com o tempo, a garota descobre seus próprios segredos e mistérios, até que precisará enfrentar seu maior e mais poderoso rival.
Esta é uma história sobre humanidade, sobre caminhos e destino. Sobre busca e abandono. Sobre encontrar e perder-se. Sobre plantar e colher.

Primeiras Impressões:

A esta altura vocês já devem ter percebido que trata-se de uma história de fantasia, mas eu não, eu não sabia quando li porque não gosto de pesquisar antes de ler o livro, eu amo me surpreender e cair de cabeça sem ter a miníma ideia de para onde estou indo. A autora, Carolina Mancini, que hoje é parceira do blog, disponibilizou o prólogo e os dois primeiros capítulos para fazermos as primeiras impressões e eu juro, de tudo o que li, só o finalzinho mesmo que deixa a dúvida se há ou não algo sobrenatural rondando os capítulos. Porque o livro começa incomodando de verdade, colocando o dedo na ferida da sociedade. A autora ilustra com clareza a pobreza, a fome, a miséria e como cada família lida com elas. É chocante, é realmente um tapa na cara. Júlia, a protagonista tem oito anos nessa primeira fase, digo primeira fase porque de alguma forma o livro deu a entender que ela envelheceria no decorrer das páginas, é, foi sutil assim. Júlia e os irmãos, Leonardo de doze anos e Luana de apenas dois, dependem do trabalho árduo da mãe, Rafaela, para sobreviver já que o pai deles, Pedro, é um alcoólatra também viciado em jogo que leva o pouco que a família tem para ralo. Trata-se de uma dinâmica familiar muito delicada: o Leonardo vive doente, a Luana não fala uma palavra, a Rafaela quase não para em casa trabalhando e o Pedro com seus vícios. Até que, de uma hora para a outras, as coisas começam a melhorar. Não falta mais comida nem remédios, aos poucos móveis e roupas vão sendo comprados, Rafaela não precisa mais trabalhar tanto, eles começam a conversar e Luana até aprende a falar! Tudo isso por causa de uma única pessoa: Audrick. E só Júlia desconfia de seu benfeitor e do interesse que ele tem principalmente nela. Na cabecinha de uma menina pobre de oito anos, ela sabe que tem algo errado e vai fazendo seus testes e quão surpresa ela não fica quando eles dão resultado! A degustação acaba exatamente aí, com essa dúvida no ar, com esse é ou não é e essa curiosidade dando nó no estômago. Eu só sei que, apesar de ser uma fantasia, Carolina nos traz um nível arrebatador de verossimilhança com a dura realidade que enfrentamos e que eu mal posso esperar para terminar de ler.

Vocês podem encontrar o prólogo aqui , acompanhar o livro no Facebook adquirir um exemplar no site da editora .




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